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sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Mais uma lista de livros


O ano de 2015, para mim, foi um ano de poucas leituras. Afinal, mudei de cidade, de Estado, de vida... Enfim, estou me adaptando ainda. Mas, em meio à parcas leituras me aventurei em alguns romances que acho digno compartilhar com vocês. Aqui vai:

Direitos Iguais, Rituais Iguais - Terry Pratchett: Terry Pratchett se foi este ano e com certeza deixou uma legião de fãs dos Discworld em prantos e saudosos de suas loucas e divertidas fábulas de fantasia. Comecei a série Discworld há algum tempo e esta foi a minha quarta aventura no Mundo do Disco. Adorei este, apesar de ter achado o mais fraco da série até onde li. Acho muito legal a maneira como Pratchett utiliza a fantasia e a aventura para nos fazer chorar de rir. Seus personagens são marcantes e hilários e o livro ainda traz uma pitada de crítica social. Afinal, por quê homens só podem ser magos e as mulheres só bruxas? Direitos iguais para todos né?


Quatro Estações - Stephen King: Não é novidade para ninguém que Stephen King é o meu autor favorito. E em Quatro Estações ele me surpreendeu mais uma vez. Neste romance de quatro contos, King foge de sua zona de conforto e escreve dramas profundos que conseguem nos tocar verdadeiramente. Mas nem por isso o livro não tem um quê de suspense, como no conto Aluno Inteligente (meu favorito do livro) e uma pitada de sobrenatural em O Método Respiratório, que me deu calafrios no final! Os outros contos também são marcantes e originaram dois dos meus filmes favoritos Um Sonho de Liberdade e Conta Comigo.
Filme Conta Comigo (Stand by Me, 1986)
Filme Um Sonho de Liberdade (The Shawshank Redemption,1994) 
Caixa de Pássaros - Josh Malerman: Este romance de estréia de Josh Malerman foi uma das melhores surpresas literárias que tive nos últimos anos. O livro é intenso, perturbador e foge um pouco do lugar comum das histórias pós apocalípticas e de terror. O autor consegue brincar com os seus sentidos e a história se torna angustiante (não em um sentido muito ruim) e faz você se transportar para dentro da trama e sentir os dramas e os medos da personagem principal. Este livro vale muito a pena!


 A Torre Negra vol. VII - Stephen King:  Comecei A Torre Negra em 2012. E entre livros que amei de coração e outros que odiei profundamente, cheguei a este volume final que ficou entre muito bom e "mais ou menos". Achei que a série se perdeu entre o volume IV e este último. Em muitos momentos tive a sensação que King perdeu o fio da meada e a trama ficou muito confusa e teve muitas partes maçantes que eram pura encheção de linguiça. Mas focando neste volume final, acho que King se redimiu um pouco e nos entregou um livro mais coeso e fiel com a proposta do início da série. Só achei o livro um pouco lento e o final de alguns personagens foram bem ruins. Mas a conclusão da série foi de dar uma dor no coração, mas como disse achei coerente e digno para a série.


O Silêncio dos Inocentes - Thomas Harris: Não é um livro que se insere no gênero "Fantástico" mas merece figurar nesta lista por ter sido uma das melhores leituras do ano para mim. Achei o livro genial. A escrita do Harris é deliciosa e sem contar a presença de um personagem que você consegue amar e odiar ao mesmo tempo, o famoso Dr. Hannibal Lecter. O livro não chega a ser um suspense como qualquer outro, afinal, você sabe que é o assassino desde o início. Mas a maneira como os acontecimentos se desdobram em thriller psicológico perturbador e culminam com um final surpreendente é fantástico. Assisti ao filme logo depois e achei Antony Hopkins como Hannibal mais aterrorizante que no livro!

Filme O Silêncio dos Inocentes (The Silence of the Lambs, 1991)

sábado, 10 de maio de 2014

O Parque dos Dinossauros, de Michael Crichton


Testando novos formatos aqui no Fantasia BR, teremos pela primeira vez uma resenha dupla! O livro escolhido não foi ao acaso. Devido a nossa formação em Biologia escolhemos um livro que tem tudo a ver com isso: Parque dos Dinossauros. Desculpa se nos apegamos as bases científicas da obra. Coisas de cientista :)

Alysson: O filme O Parque dos Dinossauros, clássico da Ficção Cientifica brilhantemente dirigido por Steven Spielberg, foi um dos filmes que certamente marcaram minha infância, vi centenas de vezes que cheguei a decorar as falas. Não muito tempo depois descobri que o filme fora inspirado em um livro homônimo escrito por Michael Crichton, por muito tempo fiquei curioso pra lê-lo no entanto era muito difícil de encontrar pra comprar, até que um dia me deparei com ele em uma versão pocket em uma livrara em Brasília. Não pensei duas vezes em adquiri-lo. Porém da compra até a leitura transcorreram-se quase três anos, mas finalmente consegui terminá-lo e essas são as minhas impressões e as do Enio sobre esse clássico moderno da Science Fiction.

Enio: Quem não gosta de dinossauros? Quase todos nós fomos arrebatados na infância por esses seres envoltos em mistério que parecem ter vivido em outro planeta. Quem é da nossa geração com certeza ficou deslumbrado(a) com a versão desses “monstros” que o diretor Steven Spilberg apresentou no cinema. Mas você já leu o livro que inspirou a série de filmes? Pois prepare-se para ter uma incrível experiência literária ao viajar para o futuro e passado simultaneamente com essa incrível obra de Michael Crichton.

Enio: Fiquei completamente encantado com esse livro. Sempre fui fascinado pelos filmes da série Jurassic Park, mas depois de ler a obra original novos horizonte se abriram para mim. 

Alysson: Realmente livro e filme são bem distintos e isso foi uma grata surpresa, um dos motivos de ter adiado tanto a leitura foi o medo de ler algo repetitivo. 

Enio: Fazendo uma comparação entre o livro e o filme, achei que a melhor mudança que a adaptação para o cinema fez foi o “crescimento” a Lex. No livro ela é uma pirralha chata que só serve pra irritar todo mundo, inclusive o leitor.

Alysson: Em relação aos personagens, achei a Lex um porre de chata também e tinha vontade de rasgar fora as partes que o Ian Malcolm falava demais sobre a sua teoria do caos, gostei mais dele no filme que no livro. O cara, mesmo na hora do perigo não fechava a matraca! Allan Grant foi mais bem retratado no livro e o velho dono do parque é um completo idiota ganancioso. No filme lembro de ter simpatizado com ele.

Enio: É verdade que no filme só mostra o lado sonhador e deslumbrado do dono do parque, o que também me deixou até com a impressão que era outro personagem. 

Alysson: Como biólogo, por formação assim como o Enio, fiquei fascinado com o tema abordado no livro, sobre os avanços da biotecnologia e a possibilidade de se recuperar, através da engenharia genética, seres extintos de eras atrás. 

Enio: Sobre o tema biotecnologia, o livro explora bem a visão que muitas pessoas tinham naquela época sobre o avanços desse ciência. Você pode notar isso em muitas obras dessa época. Tinha-se uma perceptiva muito otimista para o futuro próximo e que se revelou hoje, vinte anos depois, falha. 

Alysson: Apesar de isso ser uma belíssima teoria, sabemos que isso, como estudos recentes mostram, nunca será posto em prática. 

Enio: Acontecesse que a técnica apresentada por Crichton precisaria de uma quantidade enorme de DNA (ou ADN, como preferirem) intacto. Entretanto estudos revelam que o DNA não sobrevive nem 7 milhões de anos, e os dinossauros viveram a 65 milhões de anos atrás. Logo, não veremos dinossauros vivos andando pro ai em nenhum parque ou zoológico.

Alysson: Porém a maneira como o autor se utilizou dessa utópica possibilidade de se clonar dinossauros foi bem convincente e aposto como deixou muitos leitores na época do lançamento (1991) com uma pulga atrás da orelha, pois dinossauros são seres admiravelmente belos, mas terrivelmente assustadores também.

Enio: Indo um pouco mais a fundo no processo descrito no livro, mesmo se achássemos uma sequência de DNA incrivelmente preservada de dinossauros, sair remendando as partes que faltam com sequências de qualquer animal como do Dr. Wu fez não ia rolar. Essa foi a coisa que mais me incomodou no livro todo. Provavelmente o que ia resultar disso eram vários ovos inviáveis, e com sorte alguns fetos grotescos.

Alysson: Justamente! Isso foi umas coisas que mais me incomodou no livro também, eles utilizavam qualquer sequência de DNA de qualquer espécie pra colocar nos pedaços que faltavam no dos dinossauros, como se o DNA fosse um quebra cabeça de criança onde se pode sair remendando facilmente aquelas quatro letrinhas (A T G C). Sem contar que eles mexiam às cegas sem saber que pedaços do DNA seriam sequências codificáveis (genes). E se fossem, eles realmente saberiam que proteínas essas sequencias iriam produzir? Que seres iriam ser produzidos? O livro fala que era um jogo de erros e acertos, mas eles acertaram demais pra soar convincente. E tudo em 5 anos! 

Enio: O mais provável é que se usasse só DNA de aves, os parentes vivos mais próximos dos dinossauros, mesmo assim sem garantias. Isso me lembra de outro ponto. O livro insiste em dizer diversas vezes que os dinossauros não são répteis, mas mais parecidos com as aves. Embora as justificativas que o livro apresenta não estejam erradas, considero que esse debate é irrelevante. 

Alysson: A maneira de se classificar os seres vivos não é uma unanimidade na ciência, existem diversos sistemas de classificação propostos, alguns são aceitos outros não. Os dinossauros são descritas nos livros como os parentes mais próximos das aves, mas é uma linhagem extinta de répteis sim.

Enio: Acontece que a Biologia trabalha hoje com uma classificação dos seres vivos que tenta reproduzir a sua evolução. 

Alysson: Indo mais a fundo todos os seres tetrápodes amnióticos são linhagem evoluídas dos répteis, isso inclui nós, mamíferos. 

Enio: Assim o “grupo” dos répteis inclui sim os dinossauros, mas por uma questão de paradigmas exclui dois ramos dessa árvore genealógica, os mamíferos e as aves. 

Alysson: As aves, por possuírem características exclusivas, não são répteis, mas sim descendente de uma linhagem destes, provavelmente a mesma da qual surgiram os dinossauros. 

Enio: Dessa forma pode-se considerar as aves como, na verdade, os dinossauros que sobreviveram e poderiam ser portanto também classificadas répteis. Essa mudança na classificação não ocorreu, mas Biologia está deixando de classificar os seres vivos por “características” compartilhadas, como o sangue frio, para agrupá-los por parentesco evolutivo.

Alysson: Acho também que o livro abordou bem pouco essa questão biomolecular, sobre a complexidade envolvida na expressão dos genes, penso que de propósito, pois é perceptível que Crichton, apesar de não ter sido biólogo, sabia muito sobre o que falava no livro.

Enio: O autor falhou também em explicar sobre comportamento animal. Ele foi categórico ao falar que era impossível se prever o comportamento animal com base na sequencia de DNA, mas isso não está totalmente certo. Talvez não tenhamos conhecimento suficiente na área, mas isso é sim possível até um certo ponto, já que o comportamento também é influenciado fortemente pelo ambiente.

Alysson: Essa coisa de que o comportamento é influenciado pela genética, ele tentou dar uma explicada puxando no final. Aquela ideia de dizer que os dinossauros eram aves primitivas, quando mostrou os raptores tentando “migrar”, aí ele meio que se contradisse né?

Enio: O livro, além de falar muito sobre avanços da ciência na área de Biologia, também fala muito de computadores. Eu também tenho formação na área de informática, mas confesso que não conheço como funcionavam os sistemas informatizados por volta do ano 1991. Entretanto não consegui perceber nenhuma problema nas explanações sobre o sistema do parque e sua programação.

Alysson: Achei sobre os sistemas computadorizados e as demais geringonças “modernas” do parque muito chatas. Imagino que para os leitores da época, como eram descritos tecnologias de ponta, fosse mais interessante. Hoje como a tecnologia faz parte de praticamente tudo, até ler sobre avanços recentes é um tanto chato. Pra mim essa questão serviu apenas como gancho para o desenrolar da trama, já que foi o sistema falho, com uma ajudinha, que desencadeou a liberação das feras do parque. Confesso que pulei alguns parágrafos, por que ler aquelas explicações após um ótimo capítulo de ação era como tomar um banho de água fria.

Enio: Eu gosto de ler sobre tecnologia então não achei nada disso chato (risos).

Alysson: Como já falei, eu achava o Malcolm um chato e tanto! Eu sempre achei a Teoria do Caos interessante, mas o cara falava demais sobre a coisa e meio que cortava o clima do livro, assim como os computadores e suas explicações sobre o funcionamento do parque faziam.

Enio: Eu já havia, em outra ocasião, tentado entender um pouco mais sobre a teoria do caos, mas devo admitir que fiquei boiando em meio a tantas explicações técnicas sobre o tema. Foram as palavras do Malcolm, com uma explicação menos técnica e portanto mais fácil de compreender, que me fizeram ter uma visão um pouco melhor sobre a teoria. Tudo isso ficou mais maçante, eu acho, só próximo ao final do livro. Mas mesmo assim, aquelas viagens teóricas que ele faz me renderam boas reflexões. 

E pra concluir:

Alysson: A Biologia não é uma ciência exata, muito do que eu aprendi no Ensino Médio mudou de figura quando entrei na graduação, e com os avanços da ciência cada vez mais descobrimos coisas novas e os horizontes sobre o entendimento da complexidade da vida não estão mais tão distantes de nós. Por isso questões sobre ética e bioética são cada vez mais debatidas entre os cientistas. Uma das coisas que o livro aborda é a utilização irresponsável do conhecimento biológico para fins obscuros. Mendel, o pai da Genética certamente teve medo de que sua descoberta sobre os genes fosse utilizada para selecionar deliberadamente características “desejáveis” e eliminar as que não serviam, quebrando a maravilha da variabilidade que existe na natureza. Clonar dinossauros pode ser um sonho, mas hoje os cientistas já conseguem manipular a molécula base da vida e a questão sobre o uso irresponsável das técnicas e do saber cientifico é um fato muito bem abordado por Crichton em O Parque dos Dinossauros.

Título original: Jurassic Park (1991)
Autor: Michael Crichton
Ano: 2009
Editora: Rocco e L&PM
Páginas: 488

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Cartas de Natal

Espera, ainda dá tempo!

Como nós aqui do Fantasia BR acreditamos em Papai Noel, e também adoramos ganhar presentes, também estamos colocando nossas Cartas de Natal embaixo da árvore.

Essas cartas são nossas manifestações desse clima consumista que nos invade essa época do ano, com tudo o que desejamos ganhar nesse Natal. Nada de meias nem presentinhos bobos. Nos propusemos a sonhar sem limites no cartão de crédito do Bom Velinho.

Agora confira o que resultou dessa nossa reflexão consumista nessa nossa infância tardia.

The History of Middle Eart Fantasia BR

Querido Papai Noel,

Se você existisse mesmo seria bem legal, sei que esse ano estive bem longe de ser um menino comportado mas dirijo os meus pedidos de Natal não só a você mas para qualquer um dos meus amigos ou pra quem sabe alguma alma caridosa... e, sonhar é bom né?

Bom, esse ano fiz muitas viagens mas nunca dei a sorte de conseguir ir numa época boa e ver no cinema alguns dos filmes que mais ansiei por assistir durante todo o ano, como o recém chegado O Hobbit: A Desolação de Smaug. Mas, não me incomodo de ver em DVD a versão estendida de O Hobbit: Uma Viagem Inesperada, e acho que prefiro em Blu-Ray, esse é o meu primeiro pedido.

Já que comecei com coisas relacionadas à Terra Média continuarei nela... Também não seria ruim ganhar a versão estendida da espetacular Trilogia O Senhor dos Anéis, apesar de já ter visto, mas ter é melhor que só ver.

Sou aficionado pelo universo fantástico do Tolkien e queria muito a versão ilustrada do clássico O Hobbit, que se não me engano foi recém lançado no Brasil pela Martins Fontes e pra completar queria muito a coleção completa (em inglês) de The History of Middle Earth compilada por Christopher Tolkien...

E como pedi pouca coisa pra finalizar e fugir um pouco da Terra Média queria também a coleção The Absolute Sandman, edição definitiva do clássico quadrinho do mestre Neil Gaiman, que sempre esteve na minha lista de desejos mas que nunca esteve ao alcance do meu orçamento. É isso que eu queria pra fazer do meu natal bem mais alegre.

Queria ganha tudo que pedi mas se ganhasse apenas um seria a “criança” mais feliz do mundo!

Alysson Pinheiro

As Crônicas de Gelo e Fogo Fantasia BR

Então nesse natal eu gostaria muito de ganhar o box dos cinco livros lançados das Crônicas de Gelo e Fogo pois eu sinto que eu preciso desses livros na minha vida, e como eu vejo a série, muita coisa fica um pouco vaga e eu preciso entender melhor essa história maravilhosa.

Gostaria de ganhar também uma viagem com TUDO pago para os parques de Orlando porque é meu sonho desde criança e eu acho que seria a viagem dos meus sonhos.

Acho que são as duas coisas que eu gostaria de ganhar nesse Natal!

Eder Duarte

Box Harry Potter Wizard's Collection Fantasia BR

Oi Papai Noel,

Bem, é meio estranho de chamar de querido já que nunca nos vimos, e provavelmente nunca nos veremos, por isso não vou fazer isso. Mas mesmo assim espero que se lembre de mim nesse Natal e como eu fui um bom menino esse ano. Tá, nem tão bom assim, mas se for necessário eu posso anexar a justificativa totalmente lógica, plausível e irrefutável para o meu comportamento em alguns momentos. Só vai ter que esperar eu lembrar-las.

Mas vamos ao que interessa, ou melhor, ao que me interessa. Para começar, eu desejo ganhar o Box Harry Potter Wizard's Collection, aquele que vem com 15 DVDs, 14 Blu-Ray e 2 Blu-Ray 3D com os filmes e extras, além de bugigangas colecionáveis. Peço, por favor, um pouco de pressa pois é uma edição limitada de colecionador.

Além disso, se achar que eu mereço (não se esqueça de ler o anexo que enviarei assim que puder), poderá me dar qualquer um, ou todos, dos seguintes livros que eu PRECISO com urgência: o box com os 13 livros de Desventuras em Série, qualquer um (melhor seria todos) dos livros de Neil Gaiman e Stephen King.

Vou terminando por aqui para você não pensar que eu estou pedindo demais. Ah, eu gostaria de lembrar-lhe também que minha casa não têm chaminé, pois não tem lareira, mas se achar melhor posso deixar o fogão ligado :P .

Atenciosamente,

Enio Myrddin

 

E se alguém ai quiser dar uma de Papai Noel e fazer a alegria dessas crianças que mantêm o nosso Fantasia BR, é só entrar em contato hehehe. Afinal, sonhar não custa nada, não é o que dizem!?

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

A Guerra dos Mundos Maranhense

Guerra dos MundosNo sábado 30 de outubro de 1971 a Rádio Difusora, de São Luiz no Maranhão, interrompeu sua programação normal pra fazer um estranho comunicado: eles anunciaram uma invasão alienígena!

Tratava-se de uma adaptação radiofônica da Ficção Científica "A guerra dos mundos", publicada em 1898 por H. G. Wells. Tal transmissão foi inspirada em uma famosa encenação de 1938 levada ao ar por Orson Welles nos EUA. Assim como na transmissão radiofônica de Welles, muita gente acreditou que a transmissão da rádio Difusora era verdade.

A trama foi toda adaptada para a realidade local. A rádio anunciava que os marcianos estavam chegando em São Luís e muitos pessoas interpretaram isso como o anúncio do próprio fim do mundo e trataram de ir o mais depressa que puderam para casa passar os últimos instantes com suas famílias. Foi uma confusão. Até as portas do comércio do centro histórico de São Luís forma fechadas.

Como consequência, depois que a transmissão já havia encerrado, o exército invadiu a rádio e a fechou por três dias. Os radialistas só conseguiram se safar pois eles introduziram em dois momentos da gravação (mas que não foi ao ar na transmissão original) um aviso dizendo que se tratava de uma obra de ficção.

Ouça o áudio do programa “A Guerra dos Mundos” que foi ao ar na Rádio Difusora, de São Luiz, Maranhão, em 30 de outubro de 1971.

Parte I:

Parte II:

Para saber mais sobre essa o caso, leia a entrevista com o professor Francisco Gonçalves da Conceição, coordenador do livro “Outubro de 71: memórias fantásticas da Guerra dos Mundos”, que resgata a memória desse episódio.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Tolkien em animação!

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Há alguns anos atrás vi numa locadora um filme de O Senhor dos Anéis em animação! Na época já era muito fã da série mais não tinha terminado de ver a trilogia dirigida por Peter Jackson e nem lido os livros então resolvi ver o filme o que acabou sendo uma grande decepção pois este Senhor dos Anéis em questão foi uma das piores animações que já vi na vida! Mais não deixa de ser uma homenagem ao universo criado por Tolkien. Pesquisando depois descobri que existem outras animações baseadas em seus livros que envolvem O Hobbit e sua obra mais famosa então irei listar aqui essas animações pra quem quiser conferir depois!

A primeira animação é baseada em O Hobbit e data de 1966 feita pelo animador Gene Deitch e do ilustrador Adolf Born, essa versão  que tem duração de 12 minutos não é oficial e está repleta de alterações de fazer qualquer fã de Tolkien chorar sangue!As piores são: a ausência dos anões, o dragão Smaug se chama Slag e existe uma princesa que surgiu não sei de onde! A animação é curtíssima e cheia de furos mais vale a penda dar uma olhadinha pela arte que é bem feita ou só pela curiosidade mesmo! Para quem  quiser ver:

Em 1977 Arthur Rankin Jr. e Jules Bass fizeram uma adaptação animada para a televisão de O Hobbit com duração de 78 minutos apesar de não ser muito fiel este filme consegue, sucintamente, recontar a maior parte da história durante seus curtos minutos de duração e consegue também transpor para o filme o mesmo clima infantil do livro. Essa obra é bem mais conhecida e pode ser encontrada em DVD.

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Em 1978 eis que surge essa pérola inspirada em O Senhor dos Anéis que já tive o desprazer de ver, trata-se de The lord-of-the-rings-1978-gandalfLord of the Rings de Ralph Bakshi que é baseado no livro A Sociedade do Anel e metade de As Duas Torres. O filme não é de todo ruim, ate que o começo é legal e consegue transpor o clima sombrio dos livros mais depois surgem umas partes em que utiliza uma técnica antiga de animação chamada rotoscopia (onde imagens filmadas de maneira convencional são pintadas) que é sofrível! Sem contar que o filme não tem final e a trilha sonora é muito irritante! Esse filme é fácil de ser encontrado em DVD.

Por fim em 1980 Arthur Rankin Jr. e Jules Bass fizeram935_b uma adaptação de O Retorno do Rei terceiro volume de O Senhor dos Anéis como uma sequência para O Hobbit feito por eles em 1977. O Filme é quase inteiramente dedicado as partes de Frodo e Sam e a Grande Guerra do Anel, que teve seu ápice na cidade de Gondor não é o foco nessa animação.

Em se tratando de O Senhor dos Anéis e J. R. R. Tolkien prefiro as versões em live action muitíssimo bem dirigidas por Peter Jackson e que me encantam até hoje! E que venha logo a sua versão para O Hobbit!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Algumas coisas que eu aprendi lendo Harry Potter…

Harry Potter vem acompanhado minha vida já há bastante tempo. Foi junto dessas histórias que eu passei toda a minha transição entre criança e adolescente. Mas todo esse tempo lendo esse livros teria valido muito pouco se eu não tivesse aprendido alguma coisa. Ao contrario, lendo os livros da série Harry Potter aprendi muitas coisas, então resolvi listar algumas delas aqui no Fantasia BR. Sei que muitos fãs da série vão se identificar com alguns desses itens. São coisas que contribuíram para definir o que sou hoje, fazem parte da minha história e que vou eternamente levar comigo.

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Os livros grossos são os melhores

Antes de ler A Pedra Filosofal eu passava longe dos livros mais cheinhos. Para mim era uma tortura ter que passar mais de uma semana lendo o mesmo livro. Agora sempre que vou ler um livro penso que com os livros maiores minha diversão via durar mais. Livros em série são melhores ainda, multiplica ainda mais essa possibilidade. Tudo culpa do Harry.

Encontrar amigos

Através dos livros da série Harry Potter já encontrei e reencontrei diversos amigos. Gostos em comum juntam as pessoas e foi por meio das histórias de Potter que eu conheci meu melhor amigo e diversas pessoas interessantes. Conseguir convencer os outros a ler Harry Potter foi uma tarefa um pouco difícil, mas depois de cumprida era sempre uma recompensadora. Devo ter passado metade da minha pré-adolescência discutindo assuntos relativos a Harry Potter. Harry tem mesmo o dom de juntar pessoas.

Os dias letivos na Inglaterra

Para mim sempre era estranho as aulas em Hogwarts começarem em setembro. Mas acabei entendendo que outra culturas tem formas diferentes de ver o passar do ano e que o clima de lá influencia muito isso.

A escola pode ser legal

Por mais que eu sempre tenha detestado a escola, aprendi com Harry que com os amigos tudo pode se tornar mais suportável. Mas em um castelo e com disciplinas como Feitiços e Transfiguração que escola pode ficar chata? De qualquer forma a Hermione me mostrou que todo esforço tem sua recompensa.

Sobre o dia e a noite no hemisfério norte

Outra coisa que eu achava curiosa quando iniciei a leitura dos livros era Harry, Rony e Hermione fugirem do castelo para a casa do Hagrid as nove na noite com o sol ainda se pondo. Para mim isso era irracional. Onde eu moro o sol se põe as seis! Nada que umas aulas de geografia não resolvessem.

Quem têm amigos têm tudo

Confessemos que o Harry nunca foi um gênio. Sem o Rony e principalmente sem a Hermione ele não teria sobrevivido nem ao primeiro livro. O trio formava uma equipe imbatível. E é assim a vida, sozinhos não podemos ir muito longe. Essa é uma lição que eu levo para minha vida inteira.

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As aparecias enganam

Toda a série Harry Potter é lotada de exemplos desse tipo. Quirrel, Moody, Umbridge, Sirius Black… Mas em toda a série Snape é o maior de todos, muito embora tenhamos nos surpreendido bastante com Dumbledore no último livro. Quase todos os personagens tiveram seus momentos para se revelar de alguma forma. Foram mais fortes do que acreditávamos, mais amáveis do que julgávamos serem capazes, mais cruéis do que pensávamos, mais todos do que pareciam. Harry me ensinou a não julgar pois estamos fadados a erros.

Lutar pelo que se acredita

A luta de Harry contra a Umbridge e ao Ministério da Magia, só não foi maior do que a luta contra o próprio Voldemort. Brigar com todas as forças pelo que se julga certo foi algo presente em toda a série e acho que o que mais se entranhou em mim em todos esses anos em que acompanhei a história de Harry. Os supostos aliados podem virar inimigos, todos podem ficar contra você, mas mesmo assim se você acha que está fazendo o que julga ser certo, não pare. Foi isso que Harry fez e me ensinou a fazer.

O mundo dá voltas

Pequenas passagens, como a paixonite de Gina por Harry desde A Pedra Filosofal, cresceram muito nos últimos livros. Um pequeno rato de estimação ser o traidor de Lilian e Tiago Potter. A falta de paciência de de Rony com Hermione virar uma paixão. A verdadeira dança por qual passou a varinha das varinhas de Dumbledore até Harry. Sempre me pego pensando nessas coisas ao lembrar da história e sempre acho equivalente ao mundo real.

 

Vou parar por aqui. Poderia ter colocado muitos itens nessa lista (ideias não faltaram), mas como a lista estava ficado muito grande parei por aqui mesmo.

E você, o que aprendeu ao ler Harry Potter?

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Restaurante Alice no País das Maravilhas (Alice in Wonderland)

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O restaurante Alice in Wonderland (Alice no País das Maravilhas) que fica em Tóquio é um dos mais surreais e excêntricos que já vi na minha vida. Totalmente inspirado na clássica história de Lewis Carroll o restaurante tem uma decoração psicodélica e garçonetes vestidas de Alice.

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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Porque a escola não consegue formar leitores literários

A escola, como todos sabem, é um lugar privilegiado para estimular o gosto pela leitura, mas não é isso que se vê na grande maioria das escolas brasileiras. O programa das escolas geralmente segue a “indicação” de títulos (quase sempre clássicos) que viram conteúdo avaliado, com perguntas de interpretação de texto com uma única respostas correta.

Deste modo a escola acaba esquecendo do fundamental, que é dar acesso as obras e ensinar os chamados comportamentos leitores: envolver-se na aventura com o personagem, comentar sobre o enredo, buscar textos semelhantes, conhecer mais sobre o autor, trocar indicações literárias. Tudo pelo prazer que a leitura nos proporciona. Só assim o aluno passará a ver a leitura como um hábito cotidiano e não como uma tarefa escolar.

Segue uma lista dos principais erros cometidos nas escolas na hora de tentar formar leitores literários nos primeiros anos escolares e que você deve evitar se for um professor, um gestor ou mesmo um pai ou uma mãe.

Livro e criança

Ignorar os gostos de cada um

É na fase da escolarização que as crianças começam a consolidar as preferências pessoais. E isso tem de ser respeitado e aproveitado. Ouvir as considerações das crianças e estimular esse compartilhamento ajuda a criar o gosto pela leitura.

Impor uma interpretação

Quando termina um livro o professor/educador apresenta sua visão sobre a história. Mas o que ele não percebe é que ninguém é obrigado a ter a mesmo opinião.

Substituir o livro por figuras ou fantoches

A variação do modo de ler é algo desejável, mas na hora da leitura não deve-se esquecer do fundamental: um livro.

Ater-se aos clássicos

É claro que as crianças adoram os contos de fada, mas é importante oferecer a elas diversas obras para que criem um repertório amplo, ampliando assim seu universo cultural permitindo entrar em contado com situações desconhecidas. E é essencial também apresentar outros gêneros, como a poesia.

Transforar a leitura em uma atividade entediante

Ao fazer da literatura uma tarefa burocrática e entediante é comum que muitas crianças se afastarem dela. Mesmo assim é importante criar uma comunidade de leitores em classe, ou seja, espações em que todos tenham a chance de participar e opinar.

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Avaliar a leitura por meios de provas e resumos

Deve-se evitar os questionários. Prefira ampliar os debates sobre os textos, pois isso ajuda a aumentar o envolvimento da turma.

Analisar só os aspectos gramaticais

Deixar de lado as interpretações de um livro está muito longe de ser uma bora forma de desenvolver comportamentos leitores na turma.

Separar forma e conteúdo

Colocar em discussão apenas os temas tratados no livro e deixar de lado a forma é um problema recorrente nas aulas de Língua Portuguesa. A interpretação completa de uma obra depende não só do que é dito, mas de como é dito. Até porque todo mundo sabe que um poema é diferente de uma crônica ou conto.

Professores que não gostão de ler

Muitos professores brasileiros não tiveram a chance de construir uma história como leitores de literatura. Mas sempre é tempo de criar o hábito de leitura e também inspirar os alunos. Começar com os best-sellers pode ser algo mais fácil, já que recorrem a padrões narrativos simples e trazem certo conforto. Mas não tenha medo dos desafios. Só não deixe que a leitura vire sinônimo de sofrimento. Achando uma satisfação fica mais fácil aceitar os percalços da leitura. Pode até parecer difícil, mas tudo começa com um primeiro passo – ou no caso, um primeiro livro.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Capas da Série As Crônicas de Gelo e Fogo

A capa e a data do lançamento do terceiro livro da série As Crônicas de Gelo e Fogo foi divulgada recentemente pela editora Leya.

Tormenta de Espadas Fantasia BR

Lançamento em setembro.
Pra quem não sabe as capas estão seguindo o modelo das versões francesas, então é de supor que a quarta também seguirá o padrão.

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Pensando nisso o @Nando, fã da série, fez um fanarts das capas dos livros.

cronicas de gelo e fogo 4 O Festim dos Corvos

Fanart extraído do blog Game of Thrones BR (onde você pode ver e comparar a arte que o o Nando fez dos outros livros antes de serem publicados).

sexta-feira, 6 de maio de 2011

5 superblogs de fantasia

Reuni aqui os cinco blogs que eu mais procuro quando o assunto é fantasia. Apesar de tratar essencialmente do mesmo tema cada um tem uma forma individual de abordar o assunto e eu recomendo realmente que visitem TODOS pois são muito bons. Quem tiver uma sugestão e quiser contribuir para essa lista ficar maior pode postar nos comentários.

 

Universo Fantástico

Universo Fantástico

Esse é o blog mais abrangente da lista. Ele basicamente reproduz as matérias que saem em diversos sites e blogs. O interessante disso é que assim você fica sabendo do que está acontecendo em vários segmentos da Fantasia e Ficção Científica sem ter que ficar procurando em vários lugares da internet. Além disso muitas das matérias são de sites de notícias ou outros que não tratam especificamente do tema o que dificultaria ainda mais de serem encontradas. O Universo Fantástico faz todo o trabalho chato por você.

 

Ficção Científica e Afins

Ficção Científica e Afins

Blog da escritora Ana Cristina Rodrigues. O destaque desse blog é que você fica sabendo de coletâneas abertas para receber originais e alguns eventos que rolam por ai. Mas lá também tem sempre uma postagem com a opinião dela sobre o que anda rolando de mais interessante no mundo da ficção fantástica.

 

Mundo de Fantas

Mundo de Fantas

Esse foi um dos primeiros blogs que eu conheci dedicado exclusivamente a fantasia e ainda é um dos que eu mais gosto. É um blog completo de informações e recheado de resenhas, releases e coisas do tipo.

 

É só outro blog

É só outro blog

Blog do escritor Tibor Muniz. Os textos lá são ótimos, com várias postagens que podem ajudar especialmente quem pretende tornar-se escritor. Nele você vai encontrar de tudo um pouco com postagens que vão te ajudar a conhecer melhor a fantasia nacional.

 

À LitFan

À LitFan

O nome do blog é uma abreviatura das palavras Literatura Fantástica. Nesse blog você encontra informações sobre lançamentos de livros, resenhas, textos, informações sobres concursos e coletâneas abertas, etc.

É claro que não esqueçam o Fantasia BR!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O que falta pra Fantasia Nacional?

Neon Azul Fantasia BRVou ser bem direto nessa resposta: leitores. Com certeza o maior empecilho para os escritores nacionais, de qualquer gênero, é conseguir leitores. Não é que os brasileiros não leiam, o problema é que eles leem muito poucas obras de ficção de escritores nacionais, especialmente os novos.

Basta dar uma espiada em qualquer lista de livros de ficção mais vendidos pra constatar isso. Quantos livros nacionais vocês encontrarão? Muito poucos, posso garantir (se encontrar algum). Agora, quantos são americanos ou europeus? E quantos desses livros já tiveram (ou terão) suas versões pra cinema ou TV?

É certo que, em geral, os livros viram best-sellers e só depois vão para as telas, mas é indiscutível que basta o rumor de uma adaptação para o livro abocanhar muito mais leitores. E o brasileiro já se acomodou (na minha opinião) a ler preferencialmente o que viu ou verá no cinema. Até Grinmelken-Filhos-de-Galagah Fantasia BRas editoras percebem isso e tratam de trazer na maior urgência os livros nessas condições que ainda não têm traduções no Brasil.

Isso é provado porque os livros brasileiros adaptados para o cinema ou TV também sofrem um aumento nas vendas na época de sua adaptação.

Então, resumindo, os brasileiros leem preferencialmente livros (estrangeiros) que tiveram algum tipo de adaptação para outra mídia.

Saber o que motiva as pessoas a ler “isso” ao invés “disso” é complicado. O que é certo é que a publicidade, como sempre, tem seu papel nessa escolha. Adaptações cinematográficas e para TV sempre estão associadas a muita, muita publicidade. O que acaba divulgando o livro também.

Dragoes de Eter Fantasia BROs livros no Brasil ainda são muito caros (comparados ao salário que o brasileiro recebe). Alguns pensam que comprar livros que já são importados pra cá como best-sellers é uma “garantia” de um bom investimento.

Somando isso às indicações de amigos, resenhas e propaganda em revistas, jornais e internet, temos mais um best-seller estrangeiro no Brasil.

Mas isso não significa que nunca lerão nada nacional. O cenário da fantasia nacional vem mudando muito nos últimos tempos, angariando cada vez mais leitores fora do seu grupo de iniciados. Nós temos bons exemplos disso como os livros do veterano André Vianco e o livro A Batalha do Apocalipse, do Eduardo Spohr, que passou semanas na lista dos mais vendidos, só pra citar os dois mais famosos.Eduardo-Spohr-Fantasia-BR

Com certeza muita coisa está mudando nos últimos anos com relação à fantasia nacional. Existe muita gente boa e disposta a fazer o possível pra lançar mais luz sobre o gênero, mas há ainda muito a avançar.

Cada um de nós também pode fazer sua parte e ajudar a fantasia brasileira a sair da obscuridade. Sabe como?

LEIAM FANTASIA NACIONAL!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Ficção (nem sempre) Científica

Há muito o que se falar sobre como a Ficção Científica brinca com as possibilidades da Ciência. Existem inclusive muitos bons livros sobre o assunto. Mas, o que eu pretendo aqui é somente fazer um comentário breve sobre o tema, usando de exemplo alguns filmes do gênero. Falarei somente de quatro tópicos sobre o assunto que julgo mais interessantes e que poderão servir de exemplo para muitos outros.

Não quero aqui depreciar a Ficção Cientifica em favor da Ciência. O que pretendo é só usar a FC como forma de reflexão para as possibilidades científicas e tornar o leitor mais crítico sobre o que lê. Quem sabe até ajudar algum autor de FC novato ou qualquer outro que esteja precisando de umas dicas científicas?

ETs humanos

Em uma grande quantidade de filmes de Ficção Cientifica em que aparecem extraterrestres, estes são muito parecidos com o humanos (são hominídeos). É assim com os ETs de Guerras nas Estrelas de George Lucas e até do recente Avatar de James Cameron.

Considerando a existência de ETs, seria prudente imaginar que eles dificilmente seriam parecidos conosco. Nossas características físicas foram adquiridas ao longo de milhares de anos e resultam das condições de vida encontradas na Terra. Em outros planetas, pelo menos nos já conhecidos, que tem condições muito diferentes, as pressões evolutivas sofridas por seus supostos habitantes também seriam distintas (considerando que eles também passem pelos mesmos processos biológicos dos seres vivos da Terra). Levando isso em conta seria difícil imaginar que esses seres resultariam em algo fisicamente parecido com um humano.

O som

Como é de conhecimento geral o espaço é silencioso. Isso porque no vácuo do espaço não existe moléculas em quantidade suficiente para o som se propagar.

Ainda bem que os cineastas nem sempre si preocupam com esses detalhes (tá, é mais que só um detalhe) científico. Imagina as cenas das batalhas espaciais de Guerras nas Estralas no completo silêncio! Mas há o exemplo de Stanley Kubrick em seu clássico 2001, uma Odisséia no Espaço. Menos preocupado com o apelo sonoro, Stanley teve mais cuidado científico ao deixar as cenas do espaço em completo silêncio ou com uma suave música erudita ao fundo.

As curvas

Outra coisa que se destaca em alguns filmes de ficção científica são as incríveis manobras feitas pelas naves no espaço. Novamente eu cito como exemplo os filmes de George Lucas. Só que esses movimentos seriam impossíveis somente com propulsores traseiros. Para efetuar uma curva no espaço, a nave teria que ter propulsores de todos os lados (como em 2001). Assim as manobras seriam produzidas pela combinação de forças de vários deles.

O tamanho
 
Vários outras obras de Ficção Científica exploram a fantasia da redução ou do aumento exagerado de tamanho dos seres vivos.

Comecemos pelo mais famoso: King Kong. Ele jamais poderia existir. Isso por uma questão de densidade. Os corpos dos seres vivos terrestres são adaptados com as condições físicas na Terra. Um gorila 10 vezes maior não é apenas 10 vezes mais alto. Ele cresceria em todas as direções. Assim, seu volume ficaria 1000 vezes maior. Se um gorila fosse ampliando tantas vezes, seus ossos não aguentariam o peso final caso mantivessem sua composição.

Vejamos o caso inverso: a redução. Uma pessoa que fosse reduzida muitas vezes morreria de… frio! Nosso corpo produz energia suficiente para nos manter quentes, repondo a perda de calor pela superfície da pele. Reduzir o corpo, sem alterar a densidade, diminuiria a proporção entre a energia produzida e área da pele. A reposição de calor não seria suficiente.