quinta-feira, 30 de junho de 2011

Porque a escola não consegue formar leitores literários

A escola, como todos sabem, é um lugar privilegiado para estimular o gosto pela leitura, mas não é isso que se vê na grande maioria das escolas brasileiras. O programa das escolas geralmente segue a “indicação” de títulos (quase sempre clássicos) que viram conteúdo avaliado, com perguntas de interpretação de texto com uma única respostas correta.

Deste modo a escola acaba esquecendo do fundamental, que é dar acesso as obras e ensinar os chamados comportamentos leitores: envolver-se na aventura com o personagem, comentar sobre o enredo, buscar textos semelhantes, conhecer mais sobre o autor, trocar indicações literárias. Tudo pelo prazer que a leitura nos proporciona. Só assim o aluno passará a ver a leitura como um hábito cotidiano e não como uma tarefa escolar.

Segue uma lista dos principais erros cometidos nas escolas na hora de tentar formar leitores literários nos primeiros anos escolares e que você deve evitar se for um professor, um gestor ou mesmo um pai ou uma mãe.

Livro e criança

Ignorar os gostos de cada um

É na fase da escolarização que as crianças começam a consolidar as preferências pessoais. E isso tem de ser respeitado e aproveitado. Ouvir as considerações das crianças e estimular esse compartilhamento ajuda a criar o gosto pela leitura.

Impor uma interpretação

Quando termina um livro o professor/educador apresenta sua visão sobre a história. Mas o que ele não percebe é que ninguém é obrigado a ter a mesmo opinião.

Substituir o livro por figuras ou fantoches

A variação do modo de ler é algo desejável, mas na hora da leitura não deve-se esquecer do fundamental: um livro.

Ater-se aos clássicos

É claro que as crianças adoram os contos de fada, mas é importante oferecer a elas diversas obras para que criem um repertório amplo, ampliando assim seu universo cultural permitindo entrar em contado com situações desconhecidas. E é essencial também apresentar outros gêneros, como a poesia.

Transforar a leitura em uma atividade entediante

Ao fazer da literatura uma tarefa burocrática e entediante é comum que muitas crianças se afastarem dela. Mesmo assim é importante criar uma comunidade de leitores em classe, ou seja, espações em que todos tenham a chance de participar e opinar.

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Avaliar a leitura por meios de provas e resumos

Deve-se evitar os questionários. Prefira ampliar os debates sobre os textos, pois isso ajuda a aumentar o envolvimento da turma.

Analisar só os aspectos gramaticais

Deixar de lado as interpretações de um livro está muito longe de ser uma bora forma de desenvolver comportamentos leitores na turma.

Separar forma e conteúdo

Colocar em discussão apenas os temas tratados no livro e deixar de lado a forma é um problema recorrente nas aulas de Língua Portuguesa. A interpretação completa de uma obra depende não só do que é dito, mas de como é dito. Até porque todo mundo sabe que um poema é diferente de uma crônica ou conto.

Professores que não gostão de ler

Muitos professores brasileiros não tiveram a chance de construir uma história como leitores de literatura. Mas sempre é tempo de criar o hábito de leitura e também inspirar os alunos. Começar com os best-sellers pode ser algo mais fácil, já que recorrem a padrões narrativos simples e trazem certo conforto. Mas não tenha medo dos desafios. Só não deixe que a leitura vire sinônimo de sofrimento. Achando uma satisfação fica mais fácil aceitar os percalços da leitura. Pode até parecer difícil, mas tudo começa com um primeiro passo – ou no caso, um primeiro livro.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Diários do Vampiro, de L. J. Smith.

 

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Como a fase inicial da série Diários do Vampiro é mostrada em quatro pequenos volumes resolvi fazer aqui uma resenha que abrangesse todos os livros da série.

Li todos os volumes de Diários da Vampiro antes de assistir o seriado, e confesso que o fato de esta série ter sido adaptada para a televisão, muito bem falada por sinal, foi o que me fez lê-la.

Diarios do Vampiro narra a história de um triângulo amoroso entre dois irmãos vampiros e a humana Elena e os mistérios que rondam o passado destes  e a misteriosa cidade de Fell’s Church.

Em relação a essa série acho que fui com muita sede ao pote! Esperava de Diários do Vampiro algo que superasse Crepúsculo, e acabei me deparando com coisas muito semelhantes ou até piores que a série de Meyer, que pode ser tosca, mais em relação à de L. J. Smith é muito mais bem escrita.

Essa foi a impressão ao ter lido “O Despertar” o primeiro volume: não gostei! Principalmente dos personagens, muito mal caracterizados e a maioria fúteis. A começar por Elena e suas amigas mostradas como típicas lideres de torcida americanas, fazendo o tipo “meninas malvadas”. O vampiro Stefan parece mais uma vesão depressiva do Edward que vive a remoer as feridas do passado. Mais um personagem bastante  interessante é o irmão vampiro de Stefan, Damon, que não nega sua natureza vampirica e dedica-se totalmete a atormentar a vida do irmão. Quanto à história da livro ela não é das mais originais pórem desenrolar da trama não é de todo ruim, a autora consegue dar um ar de mistério e tensão que consegue prender o leitor, mantendo-o atento até os capítulos finais que é quando o livro fica melhor, e bem antes de a história realmente começar ele acaba. Apesar de não ter gostado muito desse resolvi ler o segundo, “O Confronto”.

Em relação ao primeiro no segundo a história evolui muito! A trama fica mais sombria e misteriosa, personagens mais interssantes enriquecem o livro e o melhor, a Elena  líder de torcida do primeiro da lugar a uma Elena mais madura, assim como suas amigas. Bruxas, fantasmas, caçadores de vampiros e mais mistetério e ação começam a deixar a série bem melhor. Já em “A Fúria” terceiro volume, a autora consegue surpreender! A trama foi quase perfeita, a maneira como os mistérios são revelados foi muito boa. Há bastante ação e revelações inesperadas o que me fez gostar realmente da série! O clímax do livro foi perfeito e o final bastante original! Ao meu ver a série deveria ter acabado por aí, tive receio em ler o quarto volume…

Mais “Reunião Sombria” conseguiu a façanha de ser melhor que todos os outros livros da saga juntos, os personagens amadureceram muito e L J Smith conseguiu dar a esse livro um ar muito mais sombrio e emocionanate que os outros. Mais pra mim o livro teve um defeito, que foi justamente o último capítulo, achei aquele finalzinho desnecessário... embora seja o gancho para a próxima fase acho que livro ficaria muito melhor sem aquilo.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Série: V - Visitantes


Já estou cansado de ouvir falar de que Hollywood está sem criatividade. Pois ao que parece esse mal também chegou às telinhas.

A série V – Visitantes (2009) é um remake de uma série dos anos 80 e trata de uma "invasão" alienígena “pacifica”. Grandes naves de repente surgem no céu das maiores cidade do planeta, uma inclusive ao lado do Cristo Redentor no Rio. Os auto intitulados Visitantes logo tratam de deixar bem claro que são seres pacíficos e não querem causar nenhum mau. Mas é claro que algumas pessoas percebem que existe algo de muito estranho com essa chegada dos aliens.

O que mais me chamou minha atenção nessa série foi a reflexão que ela traz sobre controle de mentes e o papel da mídia na alienação da população. Quem controla a mídia controla o mundo, isso fica bem claro na série. A personagem Anna, líder dos Vs, é interpretada pela atriz brasileira Morena Baccarin. Fica evidente nessa escolha que a intenção é trazer um ar de estrangeirismo aos Visitantes com a aparência exótica de Baccarin. Anna manipula a todos usando seu carisma e inteligência. Tudo na história gira em torno dela, e Baccarin é o destaque da série.

V – Visitantes escorrega algumas vezes no enredo e em certo pondo desacelera e perdendo a agilidade inicial, mas acaba recuperando o folego próximo ao final. Os efeitos especiais são medianos, mas isso não influenciou meu julgamento, pois geralmente não espero grande coisa nesse quesito em séries de TV. O grande mistério de o que os Vs desejam dos humanos, já que querem a todo o custo ganhar a simpatia desses, ainda não é completamente revelado nessa temporada, mas isso nos deixa com uma tremenda vontade de quero mais.


Algo que me incomodou na série, mesmo que minimamente, foi a mistura biológica que fizeram. Fica claro que os Vs possuem um corpo reptiliano antropomorfizado, mas agem como se fossem insetos sociais, com Anna fazendo o papel de rainha. Ideias de alienígenas parecidos com animais da Terra ou mesmo os próprios humanos não me agrada muito (veja a matéria Ficção nem sempre Científica), misturar corpo de um animal com o comportamento de outro me agrada menos ainda. Mas sei que isso é só uma cisma de um estudante de biologia, e não vai nem mesmo ser notado pela maioria das pessoas.

Apesar de V no geral não ser perfeito, ela tem grandes momentos. Vale a pena dá uma espiada para julgar por se próprio. A série ainda tem uma segunda temporada tendo sido cancelada logo em seguida, mas isso não me desanimou em continuar e assim que assistir a segunda temporada vocês verão meu parecer por aqui.