quinta-feira, 21 de julho de 2011

A Hospedeira, de Stephenie Meyer

Título: A Hospedeira
Título original: The Host
Autor: Stephenie Meyer
Ano: 2009
Páginas: 560
Editora: Intrínseca
Tradução: Renato Aguiar


A Hospedeira é o primeiro livro que a escritora Stephenie Meyer publicou após o grande sucesso da série Crepúsculo.

Quando vi esse livro a primeira vez a primeira coisa que imaginei foi que seria uma espécie de Crepúsculo com alienígenas. Não estava completamente errado. Meyer não mudou seu estilo de escrita entre uma obra e outra e o romance açucarado também está presente nessa obra.

A Hospedeira conta a história de uma curiosa raça alienígena conhecida como almas. Parece contraditório que seres tão bondosos e altruístas pudessem ser os dominadores de outra raça, mas foi exatamente isso que aconteceu com a raça humana. Essas almas entram no corpo humano e dominam seu sistema nervoso, passando a controla-lo.

Apesar do título do livro, a história não foca uma humana hospedeira de um desses aliens, mas uma alien, Peregrina, hospede em um corpo que representa uma certa resistência a sua dominação. Melanie Stryder, a dona original do corpo, procura esconder de Peregrina o paradeiro dos humanos que ainda restam, mas quando os eventos levam as duas a tornarem-se aliadas ambas partem em busca de Jared, amor de Melanie, e Jamie, seu irmão, humanos que Peregrina também passa a amar.

Ninguém pode negar o talento que Meyer tem para escrever histórias apelativas para o seu público. Eu costumo me referir a ela como uma boa escritora de histórias ruins, pois embora suas criações não me agradem completamente, ela na maioria das vezes sabe fazer seu serviço direito.

A Hospedeira constantemente procura, em vão, passar um clima de perigo e medo. Em poucos momento você sente realmente um perigo real, e ainda se chateia com a insistência de Peregrina com essa ideia. É uma leitura leve, mas torna-se entediante em alguns momentos deixando a sensação de que algumas páginas poderiam ser simplesmente arrancadas sem prejudicar a história. Talvez se o livro fosse mais “enxuto” ficasse até melhor.

Algumas vezes até torci para que alguns dos medos de Peregrina tornarem-se reais, mas quando alguma coisa realmente rumava para uma direção interessante, a história logo voltava para um padrão mais ameno. É claro que aquele falso puritanismo não poderia faltar.

As almas, são o que mais me chamou a atenção no livro. Elas, como todas as raças alienígenas mencionadas na história, são bem curiosas.

Não acho que a história vá agradar aos grandes fãs de ficção científica, mas quem gostou da série Crepúsculo pode ler sem medo de errar, pois Meyer pode escrever fantasia e ficção científica o quanto quiser, mas o que ela realmente faz são histórias de amor.

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