quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O Livro do Cemitério, de Neil Gaiman

Título: O Livro do Cemitério
Título Original: The Craveyard Book (2008)
Autor: Neil Gaiman 
Ano: 2010
Páginas: 335
Tradução: Ryta Vinagre
Editora: Rocco Jovens Leitores

 

Um bebê escapa de seu assassino e encontra abrigo num cemitério. Lá, será criado por fantasmas e aprenderá sobre a vida com os mortos, seus melhores amigos. Enquanto ele cresce entre lápides e capelas mortuárias, o perigo continua rondando do lado de fora. A mesma lâmina que matou seus pais e sua irmã espera ansiosa para terminar sua tarefa.
Mas o garoto, conhecido como Ninguém, não está sozinho. Ele tem um guardião que não pertence nem ao mundo dos vivos, nem ao dos mortos; uma legião de amigos que muitas vezes só ele pode ver e ouvir, mas que podem assombrar seus inimigos; conhece os truques e os feitiços de seres de outros mundos, pode sumir e invadir sonhos.
Neil Gaiman consegue prender a atenção do leitor e causar arrepios, ao mesmo tempo em que tece uma trama tocante sobre amizade, lealdade e amadurecimento. A aventura mais perigosa do jovem herói, como a de todos nós, é sobreviver.

Um livro notável. É dessas histórias que te envolvem e te cativam. E te fazem refletir.

A vida de Ninguém Owens foi marcada por acontecimentos trágicos. Com os pais e a irmã mortos quando ainda era um bebê, Nin encontra refugio em um velho cemitério, sendo criado e protegido por fantasmas e criaturas de natureza fantástica. Ao longo dos capítulo acompanhamos o crescimento de Nin, sempre cercado das coisas mais fantásticas e macabras que se pode encontrar em um cemitério. Mas o assassino de sua família ainda não concluiu o trabalho e não descansará até matar Nin.

O nome Neil Gaiman traz sempre uma enorme responsabilidade para um livro e com esse não é diferente.

Embora seja um livro que fala de fantasmas a história é sobre muito mais que isso. O Livro do Cemitério é um livro sobre amadurecimento. Ao longa da vida de Nin ele enfrenta inúmeros desafios e é sempre ajudado por seus amigos, especialmente seu protetor Silas, mas existem batalhas que só você pode enfrentar. E decepções.

São passagens fantásticas com seres misteriosos, mas o que mais intrigava Nin eram os vivos. Me encantei muito com o livro. Me fez ter os mais variados sentimentos (alegria, medo, dó, raiva, tristeza, deslumbramento) e me deu aquela dor no coração ao terminar. Imperdível.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Encontre o Mundo de Percy Jackson

Onde: na Terra
Quando: no presente

Percy Jackson e o Ladrao de Raios Fatasia BR

Nos livros da série Percy Jackson e os Olimpianos o mundo mortal e o mundo dos deuses são um só. O mundo dos deuses está tão intimamente ligado ao nosso que muitas das pessoas e lugares que vemos no cotidiano são na verdade mágicos. O que impede que vejamos tais coisas é algo chamado a Névoa. Quando indagado por Percy sobre a Névoa Quíron responde.

“- Sim. Leia a Ilíada. está cheia de referência a isso. Sempre que elementos divinos ou monstruosos se misturam com o mundo mortal, eles geram a Névoa, que tolda a visão dos seres humanos. Você verá as coisas exatamente como são, sendo um meio-sangue, mas o seres humanos interpretarão tudo de modo muito diferente. É realmente incrível até que ponto os seres humanos podem ir para adaptar as situações à sua concepção de realidade.”

O Ladrão de Raios

Mas ha humanos especiais que conseguem enxergar por trás da nevoa, como é o caso da própria mãe do Percy.

Embora o mundo mortal e o divino sejam apenas um, há lugares em que só deuses, meios-sangues e criaturas mágicas (ou humanos acompanhados de algum desses) conseguem entrar. A maioria desses locais está na verdade oculta em lugares comuns, como o Monte Olimpo que fica no 600º andar do Edifício Empire State em Nova York.

Todos esses lugares, embora estivessem originalmente na Grécia, foram levados para os Estados Unidos acompanhando a civilização ocidental. Quiron também explica a Percy:

“- Morreram? Não. O Ocidente morreu? Os deuses simplesmente se mudaram, para a Alemanha, para a França, para a Espanha, por algum tempo. Aonde quer que a chama brilhasse mais, lá estavam os deuses. Eles passaram vários séculos na Inglaterra. Tudo o que você  precisa é olhar para a arquitetura. As pessoas não esquecem os deuses. Em todos os lugares onde reinaram, nos últimos três mil anos, você pode vê-los em pinturas, em estátuas, nos prédios mais importante. E sim, Percy, é claro que agora eles estão nos seus Estados Unidos. Olhe para o símbolo do país, a águia de Zeus. Olhe para a estátua de Prometeu no Rockfeller Center, para as fachadas do edifícios governamentais em Washington. Eu o desafio a encontrar cidade americana onde o olimpianos não estejam proeminentemente expostos em vários locais. Goste ou não – e acredite, uma porção de gente não gosta muito de Roma também –, os Estados Unidos são agora o coração da chama. São a grande potência do Ocidente. E, portanto, o Olimpo é aqui. E nós estamos aqui.”

O Ladrão de Raios

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O Senhor da Chuva: Anjos e Demônios estão em Guerra, André Vianco

General b2winc

Não é só o bem contra o mal… o jogo vai ser um pouco mais complico que isso.

Autor bastante conhecido por seus livros de vampiros, André Vianco narra um historia sobre anjos, demônios, religião e fé em O Senhor da Chuva.

Desde o inicio somos apresentados ao universo sobrenatural criado por Vianco, onde anjos e demônios circulam livremente pelas ruas de São Paulo protegendo ou influenciando as almas mortais.

O centro da história gira em torno de Gregório, que acaba se envolvendo com os chefões do trafico e por isso se vê em apuros. Enquanto isso vemos, no plano espiritual, os conflitos existentes entre Thal, um dos anjos de luz, e Khel, um demônio, conflitos estes que acabam influenciando diretamente o destino de Gregório e o desenrolar da história que irá culminar em uma batalha de enormes proporções entre anjos e Demônios.

Por tratar de anjos e demônios seria impossível o autor não abordar temas como satanismo, magia negra e religião, porém achei algumas passagens referentes meio exageradas parecendo mais filmes de terror trash , mais ele soube aproveitar bastante outras cenas como quando é mostrado o plano espiritual e as lei divinas existentes entre os anjos e a introdução de elementos consagrados do autor, leia-se vampiros, deixou a historia muito mais interessante e sombria.

Me surpreendi com a literatura de Vianco que soube bem prender a atenção do leitor com algumas passagens frenéticas e cheias de suspense. Porem, algumas descrições exageradas e sem importância poderiam ser deixadas de lado e, a meu ver, o desfecho da batalha poderia ter sido melhor, pois soou meio forçado.

Exageros a parte, adorei o livro e André Vianco já é um dos meus autores nacionais favoritos.

Título:  O Senhor da Chuva
Autor: André Vianco
Ano: 2001
Páginas: 268
Editora: Novo Século

Bem vindo, Alysson!

Ótimas notícias para os leitores do Fantasia BR.Profile3

Meu amigo Alysson, após alguma insistência admito, topou se tornar um colaborador do blog. Ele já era meu leitor beta, se assim posso dizer, aqui do blog. É ele quem lê o que eu escrevo antes de todos e diz se gostou, além de ser um ótimo divulgador. Agora além de participar dos bastidores ele vai poder dar suas contribuições diretas.

Muito mais que postar resenhas ele vai ser também um co-dono do Fantasia BR com todos os seus privilégios (e encargos). Sei que essa parceria vai enriquecer muito o Fantasia BR e só vai ajudar o blog a crescer muito mais.

Seja muito bem vindo ao Fantasia BR Alysson!

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Obrigado tradutores!

Hoje é o dia do tradutor e eu gostaria de dar parabéns a esses profissionais tão importantes na minha vida e acho que na da maioria de você também, e aproveitar para comentar sobre esse ofício.

Eu, que não consigo entender mais do que umas poucas palavras e frases em inglês, e praticamente nada de qualquer outra língua, devo muito a esses profissionais, sem o qual eu teria deixado de ler muitos dos meus livros favoritos. Sem eles eu talvez nem teria achegado a ser um leitor.

livros

O trabalho do tradutor é algo primordial para o sucesso de um livro em terras estrangeiras de língua diferente da de origem da obra. Ele vai muito mais do que traduzir palavras para outro idioma. Ele precisa equivaler expressões que não podem ser traduzidas, transpor o estilo da obra com a mesma maestria do autor, as vezes até criar novas palavras e expressões para tornar a tradução o mais fiel possível do original.

A linguagem é algo vivo, por isso o trabalho do tradutor também é de eterna renovação. Ele precisa estar atualizado com as formas de linguagem dos seus contemporâneos (e convenhamos que fazer isso com jovens é bem difícil).

Mas, infelizmente, todos nós já nos deparamos com frases do tipo “em inglês é bem melhor” ou “a tradução ficou péssima” ou que o tradutor optou por palavras infelizes e coisa do gênero. Para quem ler na língua original não é uma opção (seja por não lê em outra língua ou não possui o original) esse tipo de coisa é um terror. Saber que aquela obra tão aguardada ficou uma porcaria por culpa de uma pessoa que não sabe fazer o seu trabalho direito ou não se dedicou o bastante para faze-lo (não isentando a parcela de culpa das editoras) pode ser algo frustrante.

Por isso MUITO OBRIGADO a todos os tradutores competentes, que fazem o seu trabalho com amor e dedicação e nos proporcionam momentos que não seriam possíveis sem eles.

Thanks!