Título: Dragões de Éter – Caçadores de Bruxas
Autor: Raphael Draccon
Ano: 2010 (2º edição)
Páginas: 438
Editora: Leya
Autor: Raphael Draccon
Ano: 2010 (2º edição)
Páginas: 438
Editora: Leya
"Se os sonhos são forjados no éter hoje...
nós iremos tocar na quinta-essência"
Nova Ether é um mundo protegido por poderosos avatares em forma de fadas-amazonas. Um dia, porém, cansadas das falhas dos seres racionais, algumas delas se voltam contra as antigas raças. E assim nasce a Era Antiga.
Essa influência e esse temor sobre a humanidade só têm fim quando Primo Branford, o filho de um moleiro, reúne o que são hoje os heróis mais conhecidos do mundo e lidera a história e violenta Caçada de Bruxas.
Primo Branford é hoje o Rei de Arzallun, e por 20 anos saboreia, satisfeito, a Paz. Nos últimos anos, entretanto, coisas estranhas começam a acontecer…
Uma menina vê a própria avó ser devorada por um lobo marcado com magia negra. Dois irmãos comem estilhaços de vidro como se fossem passas silvestres e bebem água barrenta como se fosse suco, envolvidos pela magia escura de uma antiga bruxa canibal. O navio do mercenário mais sanguinário do mundo, o mesmo que aceditavam já estar morto e esquecido, retorna dos mares com um obscuro e ainda pior sucessor. E duas sociedades criminosas entram em guerra, dando início a uma intriga que irá mexer em profundos e tristes mistérios da família real.
E mudará o mundo.
A série Dragões de Éter foi para mim uma enorme surpresa na literatura fantástica nacional.
Com uma narrativa fluida e envolvente, Raphael Draccon demonstra seu enorme dom para contar estórias. Nesse primeiro livro somos apresentados à Nova Ether, um mundo etéreo governado por semideuses que precisam acreditar em seus devotos para que estes continuem a existir.
Ao longo do livro vamos revisitando antigas estórias infantis recheadas de referencias da cultura pop. Muito mais que contar o que houve depois do felizes para sempre, Dragões de Éther nos mostra uma nova interpretação, mais sombria e realista, do que aconteceu com Chapeuzinho Vermelho, João de Maria, Príncipe-Sapo e muitos outros.
No livro, inicialmente somos apenas apresentados a esse novo mundo e a seus personagens. É só quando um terrível acontecimento se abate sobre o reino de Arzallun que as coisas começam de verdade. Tudo se entrelaça de uma maneira bem natural. Referencias, associações. Nada é forçado. Tudo é tão fechadinho que você até se esquece de como via estes personagens antes.
Os capítulos são curtos, e o autor usa e abusa disso para nos deixar com a pulga atrás da orelha a todo momento. Essa estrutura também facilita a vida dos que não tem muito tempo pra ler (como eu :]). Narrativa impecável. Cada elogio rasgado que a série vem recebendo por ai é mais que merecido. Uma boa pedida pra quem ainda não sabe por onde começar nesse surpreendente mundo da literatura fantástica nacional.
2 comentários:
Interessante! Desconhecia esse autor, mas por sua recomendação e resenha irei conhecer seu trabalho. É muito saber que grandes autores do gênero estão surgindo em nosso país.
Claudinei, no Brasil existem vários autores de fantasia realmente muito bons!
O Raphael Draccon é só um exemplo disso.
Tenho certeza que você ainda vai se surpreender muito com a fantasia nacional!
Obrigado pelo comentário!
Postar um comentário