segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Coraline, de Neil Gaiman

Título: Coraline
Título Original: Coraline (2002)
Autor: Neil Gaiman
Ano: 2003
Páginas: 159
Tradução: Regina de Barros Carvalho
Editora: Rocco Jovens Leitores
“Senhoras e senhores, meninos e meninas, levantem-se para aplaudir: Coraline é o que há.” Philip Pullman, autor de Fronteiras do Universo


Desde que quatro crianças inglesas descobriram a terra encantada de Nárnia, ninguém iniciava uma viagem fantástica num simples abrir de porta. E desde que Alice seguiu o coelho, ninguém enfrentou coisas tão extravagantes e assustadoras. Você não tem que ser criança para se render ao encanto de Gaiman em Coraline. Entre por essa porta e acredite no amor, na magia e no poder do bem sobre o mal.
Coraline é uma história encantadora e apavorante.

Com uma narrativa simples e extremamente envolvente essa é a história de Coraline em sua nova casa, com pais muito ocupados e desleixados e vizinhos velhos, excêntricos e bondosos que nunca pronunciam seu nome direito.

Em uma exploração pela casa em um dia de chuva Coraline descobre uma porta que abre para uma parede de tijolos. Mas não é sempre que isso acontece, para infelicidade de Coraline.

Através desta porta somos levados junto com Coraline para uma casa igual à anterior, só que com outra mãe muito melhor e outro pai mais divertido. Lá tudo é mais encantador, a comida é mais gostosa, os brinquedos parecem ter vida e os vizinhos não erram seu nome. Mas para ficar pra sempre nesse mundo mágico Coraline tem que pagar um preço passando por uma pequena mudança, porém assustadora.

A outra mãe enfim se revela como verdadeiramente é, e esse novo mundo se mostra assustador. Assim Coraline terá de usar toda a sua inteligência e perspicacia para salvar não só a si. Ela conta também com a ajuda do gato, meu personagem favorito e protagonista dos diálogos mais legais do livro.

Coraline é ao mesmo tempo sutil e arrepiante, fugindo de todas as imagens tradicionais dos livros infantis, distorcendo aspectos da vida cotidiana em um mundo que poderia ser encantador, mas se revela macabro e cruel.

Gaiman usa na dose certa elementos do terror, com humor e mistério, elaborando um clássico moderno e mostrando porque é considerado por muitos um mestre.

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