“Não! Eu não pedi para que isto acontecesse. Mesmo assim despertei donde jamais poderia ter despertado. Foi um sono intranqüilo, e o despertar mais tenebroso que uma pobre alma poderia ter. Não era mais o mesmo, mas estava ali, nem vivo, nem morto... Simplesmente estava ali, desperto!”
Morgan, um homem de vida simples morre num trágico acidente dirigindo um infame Fusca Abacate. Mas tudo piora quando ele desperta exatos sete dias após sua morte. Então ele emerge da sepultura, transformado numa criatura horrenda e cheia de conflitos. Um agouro da coruja que testemunhou seu despertar prenunciou dias sombrios para Morgan e sua terra.
Naquela noite um zumbi nasceu para o mundo. Nem morto, nem vivo, em uma nova e inesperada situação. Sem saber o que fazer, ou o quem era Morgan ressurgiu único com seus vermes para um novo mundo. Um mundo intolerante ao diferente. Um mundo com medo de mortos que teimam em não morrer, um mundo em que zumbis não podem amar! Não podem existir!
Você já ouviu muitas histórias dos homens sobre mortos-vivos, é chegada á vez e ouvir a versão de um zumbi. Conheça Morgan: O único
Ele morreu, mas retornou para aterrorizar seus pares. Suas carnes estão pútridas, fedorentas, e habitas por vermes. E, ele também adora cérebros... Mas enfim, o que então torna Morgan, único entre outros zumbis. Ao menos este é o mote dado por Douglas Eralldo, autor do livro que deve ser lançado em maio pela Editora Literata.
Segundo o escritor, a diferença está justamente no fato que será Morgan, o zumbi que nos contará tal história. Um morto-vivo protagonista, que pensa e possui conflitos em sua nova situação de existência. Um convite que leva você a imaginar, “e se eu virasse um zumbi?”.
Zumbis, na literatura são mostrados como as mais reles criaturas. Sem poderes, sem beleza, vagantes que espalham terror, sem ter a mínima consciência, agindo simplesmente a mercê de seus instintos de rapina em busca de comida: carne e cérebros. Até então zumbis surgem como personagens que ambientam um cenário caótico, seja simplesmente para entretenimento, ou até mesmo para críticas sociais o políticas, servindo sempre para seus criadores trabalharem em cima de personagens humanos, quase sempre a fim de exterminarem os mortos novamente. Mas não é isso que acontece em Morgan: O único.
O livro narrado em primeira pessoa traz todos os conflitos do sujeito simples que ressuscita de seu túmulo, exatos sete dias após sua morte. O personagem, o zumbi protagonista é apresentado a cada capítulo em todas suas incongruências e antagonismos, e mesmo diante de tal figura sinistra, é possível prosseguir acompanhando cada desenlace que provoca inesperada aparição.
Morgan é o único não somente por sua condição de protagonista, mas também por surgir talvez como um dos únicos zumbis com nome e sobrenome. Por manter em seu cérebro consumido pela fagulha da morte a capacidade mínima de pensar. E se torna ainda mais único quando mesmo depois da morte o amor manteve-se vivo em sua alma. E é o amor, algo improvável numa trama com zumbis, o combustível de intensas descobertas, e reviravoltas. No entanto Morgan, arduamente descobrirá que zumbis não nasceram para ser protagonistas, que dirá então amar!
Sobre o autor
Douglas Eralldo, 30 anos, Escritor, Blogueiro, pai de dois filhos, nasceu em Santa Cruz do Sul - RS e é radicado em Pantano Grande - RS há pelo menos 24. Teve contos publicados em sites da internet como “Contos Fantásticos”, “Recanto das Letras” e “O Nerd Escritor”. Colunista em jornais locais desde 2001, atualmente publica textos semanais no Jornal Destak em seu município, e na coluna “Fabulando!” do site Simplicíssimo. Entusiasta da literatura e dos livros criou e administra desde 2009, um dos principais blogs literários do país, o Listas Literárias [www.listasliterarias.blogspot.com] com um grande acervo e informação literária que acabaram lhe inspirando a escrever seus romances.
Saiba mais em www.morganounico.blogspot.com.
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