O americano Ray Bradbury publicou, em 1950, As crônicas marcianas, um conjunto de contos que narra a conquista de Marte, e hoje é considerado um marco na literatura fantástica.
Cada um dos contos de As crônicas marcianas podem ser lidos separadamente, sem grande prejuízo. Isso se dá pelo fato dessas narrativas terem sido inicialmente publicadas em revistas de pulp fiction e só depois sendo reunidas em um livro. Em conjunto eles formam uma espécie de relatório, ou diário, sobre a colonização de Marte pelos terráqueos.
Longe de ser só mais uma narrativa sobre guerras entre homens e monstrinhos verdes com suas armas de raios lasers, As crônicas marcianas é profundo, melancólico e crítico. Ele não pretende nos surpreender com grandes descobertas ou promessas de desenvolvimento. Ao contrário, ele nos montra aonde o nosso modo de viver, mesquinho e egoísta, pode nos levar.
Os homens desejam colonizar Marte para fugir de uma guerra nuclear eminente e conforme os contos vão passando o clima fica cada vez mais cético com relação ao futuro. Os humanos chegam aos poucos e quando se percebe já estão aos montes no planta. O grande vilão é na verdade o próprio homem, que por seu egoísmo e futilidade, se destrói cada vez mais.
Cada narrativa mostra aspectos diferentes dessa colonização. Enquanto Ylla apresenta um pouco do cotidiano de uma alienígena, Flutuando no espaço mostra a migração em maçado de negros para Marte fugindo da segregação e A terceira expedição narra o triste destino de umas das campanhas de colonizadores. Temas como guerra, descriminação, ambientalíssimo são abordados ao longo das narrativas. O livro quase todo é uma critica dura ao estilo de vida norte-americano.
Uma adaptação do livro para os cinemas está sendo prometida, pela Paramount, mas sem muitas informações ainda. Pelo que eu conheço de Hollywood, podemos esperar uma desvirtuação da obra de Bradbury, assim como vimos na adaptação de Eu, Robô, outro clássico da ficção científica.
Título: As crônicas marcianas
Título original: The Martian Chonicles
Autor: Ray Bradbury
Ano: 2005
Páginas: 298
Editora: Globo
Tradução: Ana Ban
2 comentários:
Ótimo livro, um prato cheio para fans de Ficção Cientifica! Não sei se vc sabe mais o Bradbury também escreve fantasia! Leia os outros livro dele são todos muito bons!
Resenha legal, gostei!
Abraço
Sei sim C'est moi.
Ainda não tive oportunidade de ler outro livro dele, mas depois de ler esse já sei que posso esperar coisa muita boa.
Obrigado!
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