Título: Admirável mundo novo
Título Original: Brave new world (1932)
Autor: Aldous Huxley
Ano: 2008
Páginas: 318
Tradução: Lino Vallandro e Vidal Serrano
Editora: Globo
Em Admirável mundo novo, Aldous Huxley nos apresenta a um mundo futurista e assustador.
Na medida em que vamos sendo conduzidos por essa realidade, somos advertidos sobre os aspectos nocivos que o progresso pode trazer para a vida humana, tornando-se cada vez mais obscuro e pessimista.
Neste mundo as pessoas são muito felizes e tudo é condicionado para tornar essa felicidade continua e quase ininterrupta. Qualquer preocupação ou angustias é dissipada pela droga sintética “soma”, que conduz quem o toma para um mundo de fantasia e alegrias.
No futuro já não há mais guerras nem doenças. As pessoas são condicionadas a serem e fazerem o que é melhor para todos. A população agora é dividida em castas, e criada para serem física e psicologicamente adequados à casta que ocupam e ao trabalho realizado, e se satisfazerem com ele. Também não existem famílias, as crianças são geradas artificialmente e a gestação é vista como algo grotesco. A nova cultura é contra tudo que for muito intenso ou prolongado. A ciência evoluiu ao ponto de suprimir os efeitos da velhice e as pessoas morrem muito mais velhas, mas com aparência jovem.
Bernard Marx não se sente satisfeito com esse mundo. Ele é fisicamente diferente dos outros Alfas e seu comportamento e pensamentos não condizem com o padrão da sociedade. Quando em uma viagem à uma reserva de selvagens (um dos últimos redutos da antiga civilização) ele encontra John, filho de Linda, uma mulher da civilização. Bernard vê em John a chance de ganhar respeito e o leva para o mundo civilizado. Mas isso traz novas implicações para a vida de todos.
Esse é um livro pra ser lido muito além de como só um romance. Dele você pode tirar importantes reflexões sobre a nossa sociedade, as relações humanas, consumismo, futilidade e a sua própria vida. Não vou aqui me ater a discussões
Um livro extraordinário que para mim peca em um só ponto: o final extremamente sombrio e obscuro. Ao terminar é impossível não parar, refletir e reler.
2 comentários:
Eu ainda não li esse livro, mas tenho ele na minha "lista", a resenha me lembrou um pouco aquele filme Gátacca, parece mesmo ser um história sombria...
É realmente uma história bem sombria especialmente no final.
E pior de tudo é que você identifica muitas coisas que acontecem no presente.
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